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Sobre Antonio Miranda
 
 


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 

SONIA REGINA SANTOS
( Brasil – São Paulo )

 

Nascida a 01/05/1962 em São Paulo (SP). Te 24 anos [em 1986...], estudou Contabilidade mas percebeu que só possui aptidão par a arte. Toca violão, canta, compõe, escreve contos e peças teatrais. Já conseguiu boas classificações em festivais de música e até um 1º. Lugar num concurso de poesias. Aprecia Cecília Meireles e Janis Joplin e dedica este trabalho a uma grande pessoa, Paula Costa.


LITERATURA BRASILEIRA.  Capa e Coordenação editorial: Christina Oiticica.  Rio de Janeiro; Shogun Editorial, 1986.  97 p.  No. 10 371
Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda

 

                             LÁPIDE

A um certo par de olhos... que por
ser um verde e o outro castanho não
deveriam formar um par.

Mesmo que eu amanhã eu morra, na fira e escura masmorra
de dias e noites tão turvas, nas curvas de uma solidão...
Nem assim verei o aconchego de uma amiga enlouquecida
Como triste banquete pra minha véspera suicida
Vítima de uma paixão sem nome, amante de mera ilusão>

Mesmo que hoje eu faleça, nos ermos arredores
de minha pobre cabeça, no âmago sonhador
de alguém que jamais me esqueça.
Nas veredas ilusórias de uma crua obsessão.

A saudade permanecerá acesa, como um retrato
que sobrevive através dos tempos.
Como um poema que é capaz de eternizar cada momento
Como uma lâmina de entusiástica fascinação.

Mesmo que eu parta no enlevo desvairado
das mesmas poesia noturnas, sobre o tênue desvendar
de frases amiúdes e taciturnas,
nem assim hei de ser esquecida.
A saudade é só uma caneta entre meus dedos
que sobre a página derrama enredos, enegrecidos de medo
Na explosão de gozos febris, na convulsão de espasmos sutis
Orgasmicamente enternecidas.

Mesmo que eu sinta que hoje a saudade é um cigarro
Mesmo que eu minta que teus beijos agora escarro
Na libertinagem vespertina e cruelmente libidinosa
Na dor colérica que por não ser lacônica
é a ferida mais cancerosa,
Nem assim deixarei de te amar, mesmo morta ou presa

Se hoje a saudade amanheceu tão acesa,
que verteu das entranhas do tempo,
lágrimas frias e langorosas sobre a mesa.
E resvalou das vísceras do momento o ensejo
de ganhar da glória um escandaloso beijo
Tirou teu retrato empoeirado da gaveta
E cravou-me no peito, um punhal
Pra que ninguém mais me perceba.

E hoje mesmo que eu escreva, com a mais bêbada loucura
e sangue de grande desvelo, no meu íntimo sagaz e pleno
de tanto e mórbido pesadelo,
ou mesmo que eu beba de tua boca o vestígio denso
ou a espuma salivosa de tua cerveja... nem hoje..
Na tarde cinza do meu suicídio,
para que nunca me esqueça.
Há de voltar para mim.

E embora eu seja um poeta tardio, no elucidar
das coisas fugidias por tudo o que mais almejo.
Embora eu me veja como simples personalidade volátil
Alma leviana, ambígua e plena de desejo,
Creio que não seja lícito que eu sofra tanto assim...

E mesmo que hoje eu me suicide
na lamúria das minhas próprias vertigens
Na luxúria das coisas que habitam em mim, ainda virgens
Não há de deixar-me ilesa, com repleta pena de mim.

Mesmo que o meu sussurro de perdão
Venha a deixar-me decaída,
para que de tela anseios
possa sorver a carícia mais embevecida,
a saudade permanecerá acesa
Sobre o meu negro precipício
com derradeiro e caótico fim. om derradeiro e caótico fim.


*
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Página publicada em abril de 2025.


 

 

 
 
 
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